domingo, 29 de abril de 2012

POLÍTICA- MORAL E ECONOMIA

                                                  BRASILEIRO NO EXÍLIO
                                                             Romilton Teles


Mamãe, eu não sei do meu futuro
O papai sempre deu duro e não pôde arranjar
As condições prá melhorar a nossa vida
Hoje até nossa comida está dificil de ganhar

Mamãe, me perdoe se eu não consigo
Encontrar algum amigo que me dê algo prá fazer
Alguma coisa que não venha envergonhar
O modesto e honrado lar que o papai fez com você

Mamãe, eu tenho muito me esforçado
Prá encontrar qualquer trabalho que não seja o de ladrão
Más, em toda porta que bato
Me consideram um chato e dizem não, não e não

Alguns amigos me chamam prá terra estrangeira
Onde se acha trabalho
Dizem que se eu passar a fronteira
E não for ferido à bala posso enfrentar o malho

É doloroso mamãe se crescer acreditando
Que o País é mmuito rico e pode amparar seu filho
Mas o que se vê é a fome campeando
Grandes homens roubando e o brasileiro no exílio.


                                                  ADVERTENCIA DO CAMPO
                                                            Romilton Teles


Não eiste milagre em economia
É por isso que o País está bem emperrado
Lhe puxam a corda, esbanjam todo dia
Que cria e planta está bem afundado

Sobem remédios, taxas e salários
Se esquecem de juros, custos dividendio
Parecem que querem nos fazer de otários
E o Governo dá uma de não está vendo

Vai ser bonito quando o campo parar
Por não ter verbas pra se sustentar
Os preços baixos desanimam tudo
Trarão a fome que será prá todo mundo

Não tem lavoura que dê retorno nestes dias
A não ser as que exportam com ousadia
Em frangalhos a economia primária
Só bate à porta da grande casa bancária

É por essas e por outras que o cargo é prá doutor
Sem desmerecer quem nunca se diplomou
Mas na verdade pra enfrentar o grande malho
Cada macaco tem que ficar no seu galho.



                                                         APELO SERTANEJO
                                                              Romilton Teles


Eu choro meu patrão porque estou vendo
O seu gado todo morrendo me entristece o coração
No mundo existe clima bem pió
Onde o homem não fica só como aqui no meu sertão

Perdemos nossos bens e nossa vida
Amando esta Terra querida ninguém pode isto negar
Debaixo estamos da linda bandeira
A mesma que bem fagueira lá no Sul vive a tremular

É doído meu patrão vê os meus filhos
Escavando nas gerais prá encontrar qualquer raíz
Já que qualquer coisa para a fome matar
Não podemos esbanjar como se faz no País
Que é tão rico mas vive na grande gastança
Mas eu tenho esperança do despertar do sangue irmão
E que algum dia socorram os nossos vexames
Amparando mulheres e homens que são partes da Nação

Ô ô ô ô ô minha jurema
Mandacarú, umbuzeiroi
Juazeiro que ainda teima
Resistir a esta falta dágua
Lhes deixo a minha grande mágua
Junto com o grave problema.



                                                            DESPERTAR DA CONSCIENCIA
                                                                          Romilton Teles


Se meu pai roubou e pagou meus estudos eu também sou ladrão
Hoje tenho consciência da grande desgraça e peço perdão
Você não teve chance de conseguir o canudo esperado
Já que seu pai, pelo meu foi pisoteado

Eu falo de ética, moral e descência sem olhar prá trás
No meu passado quem sabe existiu qualquer algo mais
Que me foi negado em nome da honra da família de então
Tamanho sacrifício do meu pai o vício hoje suja minha mão

Muitos massacrou, com o dinheiro sujo me deu o pão
Nunca tive problema fui sempre chamado de filho de barão
Se, se voltasse no tempo eu preferia ter o diploma rasgado
Do que olhar prá você e entender que também sou culpado.


                                                         ONDE FICARÁ MEU BRASIL
                                                                       Romilton Teles


Todos sabemos que essa coisa de inflação
É resultado de má gestão e influência da corrupção
Grandes emprêsas por preço de banana tivemos de entregar
Com as desculpas de juros pagar e à máquina desemperrar

Falaram até vender Caixa, Correio e Petrobrás
O palácio, o congresso a quem desse mais
E o Banco do Brasil por uns dois mil
Me prevení, botei no seguro minha imaginação
E o orgulho de ser Nação, onde ficará meu Brasil?

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