Marcionílio Elisio Santos, meu pai. Mestre construtor e jogdor de futebol. Pertencia ao clube Barroso, da cidade de Nazaré das Farinhas, cidade "cabêça de Comarca" no período de 1890 até fins dos anos 1950.quando Santo Antonio de Jesús e Jequié, passaram a liderar outras pequenas cidades satélites.Em Nazaré eram feitos julgamentos judiciais dos crimes ocorridos em várias localidades interiorana, principalmente seus Distritos, Rio-Fundo, ônha, Maragogipinho e até alguns casos de São Roque do Paraguassú, pelo que ouvi contar. Em Nazaré existia a ESCOLA NORMAL onde se formavam as professôras, sendo que várias moças de outras cidades para alí se dirigiam a fim de ganhar o saber e depois exercer a tão nobre profissão. Alí estava a sede da Estrada de Ferro que ligava São Roque do Paraguassú, à Jequié, no alto sertão baiano. Marcionílio Elizio Santos, nasceu em Nazaré e alí criou-se, tendo aprendido a profissão de pedreiro e tornou-se ARTISTA, título que naqueles tempos, dizia-se da capacidade de experiente trabalhador.Seu pai chamava-se ANTONIO MOROBÕ e sua mãe, MARIA BEMVINDA. o pai dele chegou a ser escravo, servidor doméstico e sua mãe também era doméstica. Quem andou falando de Marcionílio "Pé de Hélice", no jornal A TARDE, pelos ídos de 1942, foi um senhor Dr. Clemente Caldas ou parente deste doutor, pois o assistia jogar futebol e por certo se emocionava com a rapidez do chute de "Pé de Hélice", jogador este que era convidado para jogar bola em qualquer parte do interior da Bahia, sozinho ou acompanhado de AUGUSTO ou BARÃO, como ele me declarou antes de morrer atendendo a pedido de um professor de Direito Processual Civil da FESPI, pelos ídos de 1977, que me solicitou, quando soube que eu era filho de "Pé de Hélice". Contou o professor, para toda a turma ouvir que assistiu ao meu pai jogar futebol em "Areia", hoje, Santa Inez, e que o tio dêle, um Coletor Estadual, foi quem pagara pela contratação do jogador "Pé de Hélice" para se apresentar alí, em "Arêia". Este bom professor, foi eleito vereador em Ilhéus e era Presidente da Câmara. Uma forte testemunha. Muita novidade de um passado não muito distante está perdida, pois não foi registrado pelos tão importantes meios de comunicação da época que se resumia em pequenos tablóides e pequenos espaços na emissôra de rádio da Capital, na época, a Rádio Sociedade da Bahia. Naquele príodo existia um outro jogador na Bahia que rivalizava com "Pé de Hélice" que era "Popó", muito comentado na Capital, mas Nazaré possuía galardão de importante cidade do interior e orgulhava-se de sua arquitetura, sua fábrica de tecidos a SARAPUÍ, fábrica de óleo de dendê; porto movimentado, por pequenos navios e grande número de saveiros que tudo transportava para a Feira de São Joaquim na Capital. O meio marírimo era muito usado para ligar as várias localidades à Nazaré, Maragogipinho, onde se produzia o artezanato conhecido por "caxixís", arte feita no barro com grande maestria, por verdeiros artistas;. Maragogipe, outra antiga cidade à beira-mar, São Roque do Paraguassú, onde os grande navios atracavam, além das "galeras" um navio especial de luxo que conduzia pessoas de alta condição econômica. eram fretadas por times de futebol para jogarem em outras cidades paianas. "Pé de Hélice" contava que nunca perdeu uma partida e que uma nunca lhe saiu da lembrança foi a que jogou contra o PALESTRA-ITÁLIA, hoje Palmeiras-Paulista e que, expressão dêle:"os homens em vinte minutos fizeram quatro gôls" e nos acabamos fisicamente para empatarmos. Como o time Palmeiras ainda existe, possivelmente no seu histórico deve constar tal façanha.Mas "Pé de Hélice" em 1942, teria sofrido uma ameaça de morte quando compareceu, convidado que foi na localidade conhecida por VIADOS. jogou numa quarta-feira, foi tirado de campo carregado por simpatizantes que lhe jogavam cerveja gelada, na época em barrica de gelo, e ovacionado pelo povo aceitou ficar até o domingo próximo para outra partida. Ele seria morto se não fosse o contratante que resolveu abrir o jôgo e no sábado meia noite, compareceu à pensão onde hospedara-se ""Pé de Hélice" e lhe deu algum dinheiro e um jumento, ensinou-lhe a estrada por onde deveria sair do lugarejo e alcançar Santo Antonio de Jesús, para pegar o trem e chegar em Nazaré. Esta história foi contada pelo próprio Marcionílio e era motivo de comentários porque êle deixou o futebol. Casado, pai de três filhos, Regina, Romilton, Rosiel, já que Rosinha, morreu aos seis meses de vida, Marcionílio, o "Péde de Hélice" resolveu cuidar da família e da profissão de "Mestre de Obras", para isso tinha um pôsto de trabalho na Prefeitura de Nazaré das Farinhas, um automóvel e vevia sem apertos econômicos, situação essa que mudou com a doença e morte de minha mãe Maria Teles Santos. João Ubaldo Ribeiro não sabe dessa história e se soubesse por certo , a contaria melhor do que eu. Ainda tentarei achar nos velhos jornais arquivados de A TARDE de l94l e l942, algum comentário a respeito de "Pé de Hélice" que encantava com muito amor, juntamente com seus companheiros de clube ao público que os aplaudiam. Naquele tempo jogava-se com muito amor à camisa, e não existia a comercialização do futebol, quando nada, no interior.Em Nazaré existia um outro grande jogador de nome "Oscar Corró", que por sinal morava na mesma rua minha, Clemente Caldas 69, conhecida por "MULUGÚ"E o tempo só nos deixa, saudade!!!
EM TEMPO
Qualquer pessoa da terceira idade, que saiba alguma coisa sobre "PÉ de Hélice", fineza comunicar-se comigo, pelo blog "brasilanubati.blogspot.com. AGRADECEREI DE CORAÇÃO.
O meu pai que era de Areia(Ubaíra) e Professor Altino que era de Amargosa, contavam das façanhas deste grande futebolista chamado Pé de Hélice e que o apelido era por conta da sua estupenda velocidade.
ResponderExcluirIpiaú(Ba), 31/07/2012
Vital