QUEM EU QUERO NÃO ME LIGA-lembrança do Arraiá da Burundanga.
Quem eu quero não me liga-Quem me liga eu não dou bola
Eu já ando mei demente-Quem nem me lembro da cartola
Passo as noites me alembrano-Dos beijinhos que lhe dei
E Também eu não esqueço-Da carreira que levei.
Por onde anda meu chapéu-Que eu perdi quando corria
Tudo isso aconteceu-Por causa de sua tia
Ela encontrou nós se beijano-Ficou danada cuma quê
Chamou seu pai, "Aquele Fraco" e eu dei na perna prá valer.
FUTURISMO-Lembrança do Arraiá da Burundanga
Quando esta mestra, casada, deixar este Barco, no meio do mar
E o contra-mestre que é vivo-quiser o Barco guiar
Aí vai ser de doer-vamos ver o Barco-querendo afundar
Vai ser preciso um bom mestre prá tirar o Barco do pêgo do mar
E com um rombo no casco, meu Barco querido, vai naufragar
Vai ter então gritaria-vai doer no coração
De ver um Barco tão grande, sem direção
Aí então vai se vê, quem é que sabe nadar
Porque o Barco querido já não pode navegar
E muita gente gritando, a triste notícia vai mundo correr
E este Mar tão amigo não vai nos deixar sofrer
Vai nos tragar com carinho, no seu doce ninho vai nos recolher
A brisa de amor sedento do sopro do vento de leve à bater
Aí já estamos prostrados, joelhos dobrados e o sino a bater
E nossos filhos um dia-quando esta história ouvir
Vão ter vergonha da gente, vão desmentir
Mas o passado é escrito, eles vão ter que saber
Que os seus pais tão queridos só souberam foi comer.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Coisas do "Arraiá da Burundanga" de Martelo e Martelin.(este chamava-se Eurípedes Lopes da Silva) Deus o levou para sua gloria em l995, aqui, na cidade de Itabuna.O personagem era mais engraçado do que eu que o criei.A voz e expressão dele, éra bem caipira e agradava a todos que ouviam o programa.
Discordei do novo salário que Paulo Nunes Filho quis me impor em l962, na Rádio Difusora Sul da Bahia e resolvi pedir a conta. Para ganhar a vida consegui o apôio de Euripedes Lopes da Silva meu companheiro de programa na referida emissora e de Margôt Silva, uma cantôra que dentre outras eu apresentava no Programa Show da Alegria, no palco do Cine Catalunha, parte integrante da Rádio Difuôora Sul da Bahia, um empreendimento Paulo da Silva Nunes(agropecuarista-deputado estadual e conceituado homem de negócios nesta Região, que foi incentivado por Lourival de Jesus Ferreira, um locutor de voz bonita, professor e técnico em eletrônica, responsável pelas instalações das três emissoras de rádio-difusão existentes até aquela época, l96O. Formamos um trio:MARTELO, MARTELIN E MARGÕT SILVA. esta trajava-se com um vestido caipira, chapéu de palha e conduzia uma grande cabaça, branca, nas mãos que servia de marcação do ritimo. Quando entravamos no palco, eu e o Martelin, a Margot ficava atraz das cortinas e só era apresentada, depois, alguns minutos, depois dos nossos cumprimentos ao público e quando a anunciávamos era assim: Senhoras e Senhores, nos acompanha nesta jornada a cantôra Margot Silva, pequena no tamanho, enorme nas cantorias. Oportunidade em que Martelin completava: ela é pequena, mas trás um cabaça grande!!!. O publico gostava e aplaudia e as piadas seguiam até que a cantora interpretava a VIDA DO JECA(estes versos tão singelos minha bela minha flor...). Fizemos a primeira apresentação em l5 de novembro de l962, no Cinema da cidade de Pau Brasil-Extremos Sul da Bahia. Agradamos, muita gente, porém o dinheiro foi pouco. Não tínhamos uma equipe para vigiar a venda de ingressos. Tinhamos que condiar. Partimos para todos os aplcaos até Porto Seguro onde por sinal fizemos duas apresentações. Um num galpão è beira do mar e outro em Praça Pública. Daí percorremos todas as cidade que possuíssem um palco. Fomos até Jequié, grande cinema onde o público não chegou a lotar, pois era um grande cinema.Por ser casado e deixar a mulher sozinha em casa com os meninos, de bom senso resolvemos interromper as apresentações.Era eu o motorista e dono do jeep Land Rover, que compramos usado, com o aval de Paulo Nunes Filho . de quem divergir quanto ao valor do meu salário na Rádio Fifusõra. Saíamos de Itabuna e dentro do jeep, levando, serviço de som volante, alimentação à fazer, com fogão portátil, para qualquer emergencia. Só usamos tal expediente na cidDE DE iGUAÍ, NA BEIRA DE UMA GRANDE REPRESA, OPORTUNIDADE EM QUE FIZEMOS UM CHURASCO. Sempre conseguiamos hospedagem e al gum lucro das apesentações. Quinze dias voltávamos a Itabuna, onde fazíamos partilha do conseguido e aguardávamos dois ou três dias para nova jornada. Fomos convidados para incorporar a um grupo de um circo de bom tamanho, más isso nos afastaríamos da nossa cidade daí não aceitamos. Até hoje tenho saudade deste período de minha vida, más, fui obrigado a recuar devido responsabilidades familires. Lamentem comigo!!!
Discordei do novo salário que Paulo Nunes Filho quis me impor em l962, na Rádio Difusora Sul da Bahia e resolvi pedir a conta. Para ganhar a vida consegui o apôio de Euripedes Lopes da Silva meu companheiro de programa na referida emissora e de Margôt Silva, uma cantôra que dentre outras eu apresentava no Programa Show da Alegria, no palco do Cine Catalunha, parte integrante da Rádio Difuôora Sul da Bahia, um empreendimento Paulo da Silva Nunes(agropecuarista-deputado estadual e conceituado homem de negócios nesta Região, que foi incentivado por Lourival de Jesus Ferreira, um locutor de voz bonita, professor e técnico em eletrônica, responsável pelas instalações das três emissoras de rádio-difusão existentes até aquela época, l96O. Formamos um trio:MARTELO, MARTELIN E MARGÕT SILVA. esta trajava-se com um vestido caipira, chapéu de palha e conduzia uma grande cabaça, branca, nas mãos que servia de marcação do ritimo. Quando entravamos no palco, eu e o Martelin, a Margot ficava atraz das cortinas e só era apresentada, depois, alguns minutos, depois dos nossos cumprimentos ao público e quando a anunciávamos era assim: Senhoras e Senhores, nos acompanha nesta jornada a cantôra Margot Silva, pequena no tamanho, enorme nas cantorias. Oportunidade em que Martelin completava: ela é pequena, mas trás um cabaça grande!!!. O publico gostava e aplaudia e as piadas seguiam até que a cantora interpretava a VIDA DO JECA(estes versos tão singelos minha bela minha flor...). Fizemos a primeira apresentação em l5 de novembro de l962, no Cinema da cidade de Pau Brasil-Extremos Sul da Bahia. Agradamos, muita gente, porém o dinheiro foi pouco. Não tínhamos uma equipe para vigiar a venda de ingressos. Tinhamos que condiar. Partimos para todos os aplcaos até Porto Seguro onde por sinal fizemos duas apresentações. Um num galpão è beira do mar e outro em Praça Pública. Daí percorremos todas as cidade que possuíssem um palco. Fomos até Jequié, grande cinema onde o público não chegou a lotar, pois era um grande cinema.Por ser casado e deixar a mulher sozinha em casa com os meninos, de bom senso resolvemos interromper as apresentações.Era eu o motorista e dono do jeep Land Rover, que compramos usado, com o aval de Paulo Nunes Filho . de quem divergir quanto ao valor do meu salário na Rádio Fifusõra. Saíamos de Itabuna e dentro do jeep, levando, serviço de som volante, alimentação à fazer, com fogão portátil, para qualquer emergencia. Só usamos tal expediente na cidDE DE iGUAÍ, NA BEIRA DE UMA GRANDE REPRESA, OPORTUNIDADE EM QUE FIZEMOS UM CHURASCO. Sempre conseguiamos hospedagem e al gum lucro das apesentações. Quinze dias voltávamos a Itabuna, onde fazíamos partilha do conseguido e aguardávamos dois ou três dias para nova jornada. Fomos convidados para incorporar a um grupo de um circo de bom tamanho, más isso nos afastaríamos da nossa cidade daí não aceitamos. Até hoje tenho saudade deste período de minha vida, más, fui obrigado a recuar devido responsabilidades familires. Lamentem comigo!!!
MARTELO E MARTELIN DO 'ARRAIÁ DA BURUNDANGA'-lembrança.
Iniciado em abril de mil novecentos e cinquenta e sete(l957) o programa caipira transmitido pela então Rádio Clube de Itabuna, deixou saudade e lembramos aqui algumas paródias que a dupla criava e cantava. Na verdade era eu o criador e meu companheiro desempenhava o seu papel de tudo ignorar, como o bom caipira que era. Como existem vários simpatizantes, ainda vivos,relembro:
O TWIST
Lá no arraiá-já apareceu-um tá de tuíste-que enloqueceu-inté as muié-veve requebrano-essa dança que veio do americano. Esse mundo tá mudado-tá perto do fim-cuma é que uma dança-pode ser ancin- numa festa de respeito todo mundo requebrano-paricêno uma galinha quando o ôvo tá botano. Esrte mundo tá mudado-tá perto do fim.
DESPEDIDA
Minhas cumades, meus cumpades de Itabuna- nós tá precilso é de dinheiro-e é por isso que vamos saí prú mundo afora-mostrando ao povo o caboblo brasileiro-Não se incomode se agente demorar-nada não vai acontecê-purque cum nós a coisa é mêmo de abafá-Eu só sei cantá-Martelin é só bêbê. E longe desta terra-nós muito vai sintí-vamo tê que chorar- com sordade de tí-porque essa tabuna bunita cuma é-deixa dentro da gente-um gosto de muié. E quando longe dos cacau agente andá= Ái que sordade minha avizinha-de sabê que istou distante da muié, dos minino das galinha e da rocinha-Chorando os zóios cum sordade da cabocra-isso vai ser de indoidecê-Mais não tem jeito vamo tê que dá prá frante-por isso mêmo nós um dia vei nascer.
ME DÁ OUTRO BEIJINHO.
O que é bom dura pouco-me dá outro beijinho-Eu sou mêmo que a rôla-Que não esquece o ninho-Minha bocê inté hoje-Tá chêia de desejo-Já nao sopra,-não morde nem come, com sordade daquele seu beijo.
(Segunda parte está está esquecida.)
ADVERTÊNCIA AO BRASIL.
Ó meu Brasí tú que é do Castelo Branco-Nunca se esqueça de lembrar do Martelin-Que dispôs de tanto a coisa endurecê-já não pode nem comer amendoim. O brasilêro já não come cum a barriga- pois a cumida custa cara prá daná-capitalista tá gostano dessa coisa-quando mais ganha-muito faz para ganhar. Esse exemplo nós já vê pur aquí mêmo-quem tem ôi pode ispiá- nossos rico se esquece que essa coisa-um dia pode mudá. Ó meu brasí tú precisa é de um home-que não se isqueça que naceu de um muié- e que ante de subí já passou fome-só prá vê qui gostoso isso é. Dimanhazinha não se pode compra pão-pois essa coisa custa caro e é mandú. E o dinheiro da Naçãõ os diputados-ganha todo faz arrôlha e mete no baú!!!
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Iniciado em abril de mil novecentos e cinquenta e sete(l957) o programa caipira transmitido pela então Rádio Clube de Itabuna, deixou saudade e lembramos aqui algumas paródias que a dupla criava e cantava. Na verdade era eu o criador e meu companheiro desempenhava o seu papel de tudo ignorar, como o bom caipira que era. Como existem vários simpatizantes, ainda vivos,relembro:
O TWIST
Lá no arraiá-já apareceu-um tá de tuíste-que enloqueceu-inté as muié-veve requebrano-essa dança que veio do americano. Esse mundo tá mudado-tá perto do fim-cuma é que uma dança-pode ser ancin- numa festa de respeito todo mundo requebrano-paricêno uma galinha quando o ôvo tá botano. Esrte mundo tá mudado-tá perto do fim.
DESPEDIDA
Minhas cumades, meus cumpades de Itabuna- nós tá precilso é de dinheiro-e é por isso que vamos saí prú mundo afora-mostrando ao povo o caboblo brasileiro-Não se incomode se agente demorar-nada não vai acontecê-purque cum nós a coisa é mêmo de abafá-Eu só sei cantá-Martelin é só bêbê. E longe desta terra-nós muito vai sintí-vamo tê que chorar- com sordade de tí-porque essa tabuna bunita cuma é-deixa dentro da gente-um gosto de muié. E quando longe dos cacau agente andá= Ái que sordade minha avizinha-de sabê que istou distante da muié, dos minino das galinha e da rocinha-Chorando os zóios cum sordade da cabocra-isso vai ser de indoidecê-Mais não tem jeito vamo tê que dá prá frante-por isso mêmo nós um dia vei nascer.
ME DÁ OUTRO BEIJINHO.
O que é bom dura pouco-me dá outro beijinho-Eu sou mêmo que a rôla-Que não esquece o ninho-Minha bocê inté hoje-Tá chêia de desejo-Já nao sopra,-não morde nem come, com sordade daquele seu beijo.
(Segunda parte está está esquecida.)
ADVERTÊNCIA AO BRASIL.
Ó meu Brasí tú que é do Castelo Branco-Nunca se esqueça de lembrar do Martelin-Que dispôs de tanto a coisa endurecê-já não pode nem comer amendoim. O brasilêro já não come cum a barriga- pois a cumida custa cara prá daná-capitalista tá gostano dessa coisa-quando mais ganha-muito faz para ganhar. Esse exemplo nós já vê pur aquí mêmo-quem tem ôi pode ispiá- nossos rico se esquece que essa coisa-um dia pode mudá. Ó meu brasí tú precisa é de um home-que não se isqueça que naceu de um muié- e que ante de subí já passou fome-só prá vê qui gostoso isso é. Dimanhazinha não se pode compra pão-pois essa coisa custa caro e é mandú. E o dinheiro da Naçãõ os diputados-ganha todo faz arrôlha e mete no baú!!!
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