segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MARTELO E MARTELIN DO 'ARRAIÁ DA BURUNDANGA'-lembrança.

Iniciado em abril de mil novecentos e cinquenta e sete(l957) o programa caipira transmitido pela então Rádio Clube de Itabuna, deixou saudade e lembramos aqui algumas paródias que a dupla criava e cantava. Na verdade era eu o criador e meu companheiro desempenhava o seu papel  de tudo ignorar, como o bom caipira que era. Como existem vários simpatizantes, ainda vivos,relembro:
O TWIST
Lá no arraiá-já apareceu-um tá de tuíste-que enloqueceu-inté as muié-veve requebrano-essa dança que veio do americano. Esse mundo tá mudado-tá perto do fim-cuma é que uma dança-pode ser ancin- numa festa de respeito todo mundo requebrano-paricêno uma galinha quando o ôvo tá botano. Esrte mundo tá mudado-tá perto do fim.

DESPEDIDA
Minhas cumades, meus cumpades de Itabuna- nós tá precilso é de dinheiro-e é por isso que vamos saí prú mundo afora-mostrando ao povo o caboblo brasileiro-Não se incomode se agente demorar-nada não vai acontecê-purque cum nós a coisa é mêmo de  abafá-Eu só sei cantá-Martelin é só bêbê. E longe desta terra-nós muito vai sintí-vamo tê que chorar- com sordade de tí-porque essa tabuna bunita cuma é-deixa dentro da gente-um gosto de muié. E quando longe dos cacau agente andá= Ái que sordade minha avizinha-de sabê que istou distante da muié, dos minino das galinha e da rocinha-Chorando os zóios cum sordade da cabocra-isso vai ser de indoidecê-Mais não tem jeito vamo tê que dá prá frante-por isso mêmo nós um dia vei nascer.
ME DÁ OUTRO BEIJINHO.
O que é bom dura pouco-me dá outro beijinho-Eu sou mêmo que a rôla-Que não esquece o ninho-Minha bocê inté hoje-Tá chêia de desejo-Já nao sopra,-não morde nem come, com sordade daquele seu beijo.
                                             (Segunda parte está está esquecida.)

ADVERTÊNCIA AO BRASIL.
Ó meu Brasí tú que é do Castelo Branco-Nunca se esqueça de lembrar  do Martelin-Que dispôs de tanto a coisa endurecê-já não pode nem comer amendoim. O brasilêro já não come cum a barriga- pois a cumida custa cara prá daná-capitalista tá gostano dessa coisa-quando mais ganha-muito faz para ganhar. Esse exemplo nós já vê pur aquí mêmo-quem tem ôi pode ispiá- nossos rico se esquece que essa coisa-um dia pode mudá. Ó meu brasí tú precisa é de um home-que não se isqueça que naceu de um muié- e que ante de subí já passou fome-só prá vê qui gostoso isso é. Dimanhazinha não se pode compra pão-pois essa coisa custa caro e é mandú. E o dinheiro da Naçãõ os diputados-ganha todo faz arrôlha e mete no baú!!!
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