QUEM EU QUERO NÃO ME LIGA-lembrança do Arraiá da Burundanga.
Quem eu quero não me liga-Quem me liga eu não dou bola
Eu já ando mei demente-Quem nem me lembro da cartola
Passo as noites me alembrano-Dos beijinhos que lhe dei
E Também eu não esqueço-Da carreira que levei.
Por onde anda meu chapéu-Que eu perdi quando corria
Tudo isso aconteceu-Por causa de sua tia
Ela encontrou nós se beijano-Ficou danada cuma quê
Chamou seu pai, "Aquele Fraco" e eu dei na perna prá valer.
FUTURISMO-Lembrança do Arraiá da Burundanga
Quando esta mestra, casada, deixar este Barco, no meio do mar
E o contra-mestre que é vivo-quiser o Barco guiar
Aí vai ser de doer-vamos ver o Barco-querendo afundar
Vai ser preciso um bom mestre prá tirar o Barco do pêgo do mar
E com um rombo no casco, meu Barco querido, vai naufragar
Vai ter então gritaria-vai doer no coração
De ver um Barco tão grande, sem direção
Aí então vai se vê, quem é que sabe nadar
Porque o Barco querido já não pode navegar
E muita gente gritando, a triste notícia vai mundo correr
E este Mar tão amigo não vai nos deixar sofrer
Vai nos tragar com carinho, no seu doce ninho vai nos recolher
A brisa de amor sedento do sopro do vento de leve à bater
Aí já estamos prostrados, joelhos dobrados e o sino a bater
E nossos filhos um dia-quando esta história ouvir
Vão ter vergonha da gente, vão desmentir
Mas o passado é escrito, eles vão ter que saber
Que os seus pais tão queridos só souberam foi comer.
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