sexta-feira, 9 de março de 2012

rendamos homenagem ainda que póstumas

Humberto Salomão Mafuz-José Soares Pinheiro-José Albuquerque Amorim Washington Setenta, dentre outros, eram homens que estavam sempre na luta pelo preço do cacau, muitos até sacrificando-se economicante, pois despezas existiam, em viagens, hospedagens, transportes etc, pois as contribuições ofertadas ao C N P C, por alguns sócios conscientes, não davam para cobrir tantas despezas. Estes homens, estavam sempre em Salvador, para em conjunto tratarem dos negócios do cacau, junto ao Governo do Estado, ou em Brasília  para tratarem na área federal. Havia naqueles belos tempos quem se importasse com a nossa principal fonte de rendas e graças a eles, foi criada a CEPLAC que inicialmente apoiou os cacauicultores, sendo que os mais próximos conseguiram melhor apôio financêiro, empregou mais parentes, conseguiu mais estradas para suas propriedades. Foi a CEPLAC um grande estêio para servir muitos individados na época. O Governo Federal na época tendo o Juscelino à frente(1957) demonstrou grande interesse em apoiar a nossa lavoura. e a ele Juscelino, muitos devem estar, até agradecidos. O dinheiro chegou, nos primeiros anos com os tratos aconselhados pelo CEPEC (parte técnica da CEPLAC, a lavoura voltou a produzir satisfatoriamente e muitos cacauicultores passaram a comprar apartamentos no Rio de Janeiro para seus filhos lá estudarem, muitos foram estudar no exterior; cada um disputava o prazer de ter carros importados e alguns mais afoitos construiram edfícios no Rio de Janeiro e São Paulo. Ocorre que quase todos se esqueceram que dias negros poderiam surgir e como pagar o dinheiro tomado emprestado? Como manter as grandes fazendas quando de uma queda repentina do cacau que sempre teve preço instável e em consequencia dessa instabilidade, exigiamos que o Governo nos pagasse um preço que considerávamos ideal, mas que não condizia com as bolsas de Londres e de Nova York, daí fez-se uma campanha para que agissemos independente do Governo e andassemos com as nossas próprias pernas, no que estamos até os nossos dias. Ocorre que não temos como pressionar as referidas bolsas de valores e estamos sujeitos a preços decepcionantes que não dão para cobrir as despezas com a produção. São poucos os grande fazendeiros de cacau que conseguem nestes dias a arroba custando Sessenta e Cinco Reais pagar a folha da fazenda. Estamos no mato sem cachorro e sem a epingarda, não temos condições  de caçar nada! A independência na venda do cacau nos trouxe um grande prejuízo e a desunião, na época, sepultou a nossa lavoura, muito antes da famigerada Vassoura de Bruxa. Que Deus nos acuda porque o pessoal de Brasília não entende que a Nação está perdendo muito com o preço vil do cacau.

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