sábado, 17 de março de 2012

                                                            SAMBA AÍ TUBA
                                                               Romilton Teles


História não pode sair do nada, se um fato aonteceu pode esperar que um dia seja bem anunciada qualquer notícia, sobre o assunto a lamentar. O que o passado esconde é por um tempo, já que vivemos dentro de uma esfera, como num replay que em momento, recordamos nossos sonhos e quimera..Com ligeiras modificações, foi isso que numa música contando ligeiramente a história que eu quís contar o passado de uma tribo que vivia na localidade hoje chamada de Sambaituba. Os indios BIZIÊ, dominavam Toda àquela área até chegar à práia e tinha costumes parecidos com os nossos, com pequenas diferenças. Alimentavam-se da caça e da pesca, mas, não criavam nada, só faziam tirar da Região onde dominavam, tudo que lhes parecia precioso, principalmente, alimentação. Não conheciam alguns cereais, mas, tiravam da terra alguns sustentos, porém não plantavam, só colhiam, daí a preocupação deles para a pesca e a caça. alguns tuberculos eram colhidos e uns tipos de palmito de alguns dendezeiros e outras  árvores eram conhecidas deles que derrubavam a árvore e colhiam o âmago, do qual faziam um tipo de farinha. Nunca foram violentos, segundos os primeiros invasores que ali chegaram para levar a civilização européia, já que eles tinham a civilização deles, transmitidas há muito tempo que nunca souberam explicar. Levavam muito tempo durante o dia a contemplar a natureza, o céu por excelência. Sempre se preocupararam com o que teria que cair do céu. Festejavam a chuva quando esta ocorria e não gripavam-se, em nenhuma oportunidade., a ponto de quando assistiam alguns dos desbravadores espirrar ou tossir, se afastavam, com mêdo, por ignorar a doença. Tinham costume de dormir em COQUI, como chamavam, um tronco de madeira cavada com lasca de pedra, muito parecido com um esquife como conhecemos a nossa última morada que chamamos também de caixão-mortuário. Quando entravam no COQUI para dormir, cobriam a peça com folhas de palmeira e afirmavam que tal costume era para não esquecer que um dia aquilo ocorreria, normalmente. Quando descobertos, viviam nús, mas foram ensinados a usar tangas feitas de folhas de palmeiras e depois alguns tecidos dos desbravadores. Eram de alta inteligência e aprendiam tudo com muita facilidade, principalmente os afazeres domésticos dos brancos. Eram felizes festeiros, faziam bailados à luz da lua, e diziam ter aprendido de peixes maiores, quando mergulhavam, aprendiam. Eram muito fortes e sempre estavam pegando corridas e conseguiam subir em árvores com temenda destreza. Muitas das mulheres do grupo eram bonitas e além da cor olivácea, preocupavam-se com seus lindos e longos cabelos que os mantinham na maioria do tempo, trançados à cintura. O Chefe do grupo que era escolhido pelas mulheres, só elas, podiam votar tinha que ser forte e sabio para defender o grupo, que pouco sabia de sua história devido um grande desastre de movimento da terra, ocorrido há tempos remotos e que quase dizimou toda a tribo. Essa recordação estava na mente dos que ouviram de seus antepassados.
Como em todo grupo, o chefe sempre teve autoridade sobre todos e o chefe COCIL, além de ter um grupo de mulheres, escolhidas por um pagé, possuía a favorita, essa, escolhida por ele. Esta história  prende-se exatamente a comentar um fato que modificou alguns costumes do grupo, depois de decisão muito abrupta por parte do chefe, que causou espanto e deu lugar a modificações de costumes daquela tribo. Depois de boa convivencia com os brancos, a tribo foi orientada a construir seus casebres, mesmo rústicos, porém dando uma aparência da civilização nossa conhecida. Muitos afazeres do branco eles e elas aprenderam, porém a base do costume antigo continuava empregnada
em seus modos de vida. Pareciam ter algum princípio religioso pois viviam sempre olhando e esperando alguma coisa que viria do céu, mas não tinham práticas religiosas, daí tendo sido fácil aprenderem com os brancos a adorarem um Deus. Falemos agora de TUBA, a favorita do chefe da tribo, de quinze anos de idade, a mais linda da tribo que encantava apenas no olhar. Teria nascida sobre dois troncos amarrados que serviam de uma espécie de barco, quando de uma pescaria no Rio Almada, já com a presença dos chamados civilizados na área. O fato comum, nunca despertou maiores atenções a respeito da moça que parece ter saído de uma forma especial, tamanha a beleza e desenvoltura.Os desbravadores, tudo faziam para aproximação do grupo. com sua cultura. Uma festa foi organizada pelos brancos e todos foram convidados mas, tiveram receio, não estavam acostumados a tal tipo de festa, pois eram bem diferente das suas festas, comuns. porém a favorita do chefe, acredtando não ser errado participar da festa dos brancos, foi à festa, acompanhada de uma sua serva e lá permaneceu toda a noite, encantada que ficou com um branco dançarino que lhe empolgou com os passos da dança antes desconhecida por ela. O rímito era Samba e durante toda a noite a favorita do chefe, TUBA dançou com um rapaz, branco, sem maiores complicações. Tuba só chegou na cabana de volta da festa por volta das seis horas da manha e foi recebida pelo chefe da tribo, aos golpes de cipó, feito trançado de piaçava, e depois de receber vinte chicotadas, veio a falecer.Durante todo tempo que espancava a linda menina, o cacique ou chefe apenas dizia:"Samba aí, Tuba. E a espancava. Ninguém socorreu àquela linda menina que nascia para a vida e teria sido vítima do ciúme do chefe. Em homenagem à linda garota, depois do sepultamento dela, começaram os demais componentes do grupo a chamar o lugar onde ela foi sepultada de Sambaituba, expressão que imitada pelos desbravadores que também passaram a usar a mesma expressão do cacique ciumento e passaram a chamar o lugar de sambaituba.Dizem que o grupo sentiu tanto à falta da linda mulher que passaram a fazer protestos contra os poderes demaziados que tinha o chefe e poucos dias depois, o grupo reunido, com influência dos brancos, elegeram outro chefe, já com menos poderes e somente uma mulher. Sobraram várias mulhers, que em consequencia misturaram-se com os brancos, surgindo daí uma mistura de raças que formou o lugar em povoado que já era bem visto, na criação da Capitania Hereditária de São Jorge. Fica claro que todo grupo não pode se submeter a caprichos de um só individuo, e nunca mais o grupo foi o mesmo. Amém. 

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